Leo Zelada Por Adriana Janaína Poeta

Leo Zelada
Por Adriana Janaína Poeta

     El trabajo de un escritor, como todo profesional, debe ser lineal. Cuando observamos la obra de un autor, genuinamente inspirado, buscamos lo que escapa al común. Por lo menos debería ser así.
     Hoy tenemos una profusión de autores y libros. Esto puede ser bueno. Permite que todos tengan oportunidades, sea para comercializar sus textos o para divulgar sus trabajos. Pero, lo que hace que realmente un autor se destaque es la calidad, no el mero deseo.
     Yo conocí los textos de Leo Zelada a través de Internet. Nunca tuve ninguna reserva en cuanto a realizar investigaciones por ese medio.
     Leo Zelada es un autor que ya está en la carretera desde hace mucho tiempo. Su presencia en Internet es sólo una puerta utilizada para conectarse con el mundo.
     Además de eximio poeta, es editor, muy respetado y dedicado.
     Su personalidad fuerte, y al mismo tiempo sensible, perceptible en sus entrevistas, recitales, contactos y poética, ya es marca registrada en el medio literario internacional.
      Tenemos pocos escritores y poetas que, en esta Babilonia de blogs, ferias y lanzamientos, logran traer a la luz una obra singular. Estos son los pocos autores que serán capaces de resistir a los modismos y preservar su integridad artística, incluso en medio de las presiones externas, y las presiones no son pocas.
     Un gran autor, como todo artista, necesita ser fiel, en la medida de lo posible, no sólo a su estilo, sino al llamado, siempre íntimo, que señala el camino que debe seguir su obra.
     Leo Zelada es un autor que permanece fiel a este llamado. Ejemplo e inspiración para otros autores.

Leo Zelada
Por Adriana Janaína Poeta

     O trabalho de  um escritor, como todo profissional, deve ser linear. Quando observamos a obra de um autor, genuinamente inspirado, buscamos o que escapa ao comum. Pelo menos deveria ser assim.
     Hoje temos uma profusão de autores e livros. Isso pode ser bom. Permite que todos tenham oportunidades, seja para comercializar seus textos ou para divulgar seus trabalhos. Mas, o que faz com que, realmente, um autor se destaque é a qualidade, não o mero desejo.
     Eu conheci os textos de Leo Zelada através da Internet. Nunca tive nenhuma reserva quanto a realizar pesquisas por esse meio.
     Leo Zelada é um autor que já está na estrada há muito tempo. A sua presença na Internet é apenas mais uma porta utilizada para se conectar com o mundo.
     Além de exímio poeta, é editor, muito respeitado e dedicado.
     Sua personalidade  forte, e ao mesmo tempo sensível, perceptível nas suas entrevistas, recitais, contatos e postagens poéticas, já é marca registrada no meio literário internacional.
      Temos poucos escritores e poetas que, nesta Babilônia de blogs, feiras e lançamentos, conseguem trazer à luz uma obra singular. Esses são os poucos autores que serão capazes de resistir aos modismos e preservar a sua integridade artística, mesmo em meio as pressões externas, e não são poucas.
     Um grande autor, como todo artista, precisa ser fiel, na medida do possível, não apenas ao seu estilo, mas ao chamado, sempre  íntimo, que sinaliza o caminho que deve seguir com a sua obra.
     Leo Zelada é um autor que permanece fiel a este chamado. Exemplo e inspiração para outros autores.

Más allá de la imagen,
si agudizas la visión
me verás aparecer en una estela de vaho
En esta libreta de apuntes
atrapo luciérnagas
que sobrevuelan la noche
Debo ser diestro
en la penumbra,
para esperar ver
Su oculto resplandor
Es extraño este placer
que me arrebata
haciéndome rozar
el delirio
Su misterio es puro
como el silencio del mar
Se despliega la noche
como un manto infinito
Sólo me basta cerrar los párpados
para tocar el poema.
(Revelación - Leo Zelada)

Além da imagem,
se você aguçar a visão,
você vai me ver aparecer
em uma fuga de vapor...
Neste caderno de anotações,
pego  vaga-lumes    
que sobrevoam à noite.
Eu devo ser habilidoso
na penumbra,
para esperar ver
o seu oculto esplendor.
É estranho esse prazer
que me arrebata,
me fazendo alcançar
o delírio.
Seu mistério é puro
como o silêncio do mar.
A noite se desenrola
como um manto infinito.
Basta fechar as pálpebras
para tocar o poema.
(Revelação por Leo Zelada/ Tradução: Adriana Janaína Poeta)

Por qué el silencio me pertenece.
Por qué cuando ustedes
se acojonan de miedo ante el relámpago,
yo encuentro en el trueno,
el esplendor de la poesía.
(Leo Zelada) 

Por que o silêncio me pertence. 
Por que quando vocês 
se arrepiam de medo 
diante do relâmpago, 
eu encontro o trovão, 
o esplendor da poesia. 
(Leo Zelada/ Tradução: Adriana Janaína Poeta)

Los poetas, somos los gatos libres
que contemplan con ojos puros la noche.
Somos los guerreros de la palavra
que aun bajo el cielo limpio,
pueden ver flores amarillas.
(Leo Zelada)

Os poetas, 
são os gatos livres 
que olham com olhos puros a noite. 
Somos os guerreiros da palavra 
que sob o céu limpo, 
ainda podem ver flores amarelas. 
(Leo Zelada/ Tradução: Adriana Janaína Poeta)

Un poeta es cualquier hombre,
pero no cualquier hombre
es un poeta.
Hace falta tener un don
y un corazón enorme
para soportar a veces,
el dolor profundo del misterio.
(Breve explicación de la poetica a un hombre cualquiera - Leo Zelada)

Um poeta, querido amigo, 
pode ser um homem qualquer,
mas não é qualquer homem
que pode ser um poeta.
(Breve explicação da poética a um homem qualquer por Leo Zelada/
tradução: Adriana Janaína Poeta)

La poesía está muerta,
muerta, muerta, muerta,
cuando uno se cree un poeta
y no has sentido nunca,
la magia de la palabra
y la intensidad de un sentimiento
atravesando como un puñal luminoso
tu garganta.
(La poesía está muerta... - 
Leo Zelada)

A poesia está morta, 
morta, morta, morta, 
quando alguém se acha um poeta 
e não sentiu nunca a magia da palavra 
e a intensidade de um sentimento 
a atravessar como um punhal luminoso 
a sua garganta.
(A poesia está morta... - Por: Leo Zelada/Tradução: Adriana Janaína Poeta)

No tenemos hipotecada nuestra consciência,
Nos ha tocado vivir una época en crisis, 
es cierto. 
Y qué más da,
escribiremos entonces
nuestros mejores poemas y novelas. 
(Leo Zelada) 

Não temos hipotecada 
a nossa consciência. 
Vivemos uma época em crise, 
é verdade. 
E o que mais dá, 
então vamos escrever 
nossos melhores poemas
e romances. 
(Leo Zelada/ Tradução: Adriana Janaína Poeta)

En la llanura el silencio adquiere voz
la palabra se deshiela y se hace agua.
Las nubes se abren paso.
Los astros se descentran.
He allí el misterio
-ahora lo entiendo maestro Bashio-
una melodía tenue
impregnando de armonía azul el universo todo.
Sea la sinfonía sagrada de los árboles.
Sea el canto de la palabra encontrada.
Sea el eclipse permanente sobre los elementos.
Sea el desvelar de la poesía en imagen.
Sea entonces
la angustia infinita del poeta.
Sólo la poesía me salvará del delirio.
(El silencio del bambú - Leo Zelada)

Na planície o silêncio adquire voz,
a palavra derrete e faz-se água.
As nuvens abrem caminho,
os astros se descentram.
Eis o mistério,
agora entendo mestre Bashio.
Uma melodia suave
permeia de harmonia azul todo o universo.
Seja a sinfonia sagrada das árvores.
Seja o canto da palavra encontrada.
Seja o eclipse permanente sobre os elementos.
Seja o desvendar da poesia em imagem.
Seja então
a angústia infinita do poeta.
Só a poesia me salva do delírio.
(O silêncio do bambu - Leo Zelada / Tradução: Adriana Janaína Poeta) 

Pero la noche me llama...
Sigamos entonces adelante,
¡Loca, loca, loca poesía!
Hasta sentir el frenesí azul.
Hasta alcanzar las estrellas en peldaños de plata.
Hasta convertir el insomnio en una autopista
de palabras durante la noche.
Hasta contemplar otra vez el mundo con sorpresa.
Hasta ser la poesía misma, polvo interestelar,
hijo de la madre tierra, poesía hecha carne.
(Transpoética - Leo Zelada)

Mas, a noite me chama...
Sigamos então, vamos em frente.
Louca, louca, louca poesia!
Até sentir o frenesi azul.
Até alcançar as estrelas em degraus de prata.
Até converter a insônia numa autoestrada
de palavras, durante a noite.
Até considerar outra vez o mundo com surpresa.
Até ser a própria poesia, poeira interestelar,
Filho da mãe terra, poesia feita carne.
(Transpoética - Leo Zelada/ Tradução: 
Adriana Janaína Poeta)

Breve enunciado para una teoría unificada del poema
Camino en un universo de palabras hasta el borde del misterio.
Pero más allá de la acera, mi contrario,
me confronta con ausencia de vocablos.
Dos hombres que escriben la misma poesía
en universos paralelos,
se atraviesan, se cruzan y no se rozan.
Es lo que tiene de singular el poema,
materia y silencio,
su tensa unicidad
sobre un espacio de fuego.
(Libro Transpoética - Leo Zelada, Vaso Roto Ediciones, Madrid, 2016).

Breve declaração de uma teoria unificada do poema.
Caminho em um universo de palavras para a beira do mistério.
Mas, além da calçada, meu contrário,
me enfrenta, sem palavras.
Dois homens que escrevem a mesma poesia 
em universos paralelos,
se atravessam, se cruzam e não se tocam.
Isto é o que tem de singular o poema,
matéria e silêncio,
sua unicidade tensa
em um espaço de fogo.
(Por Leo Zelada/ Livro Transpoética, Vaso Roto Ediciones, Madrid, 2016/
Tradução: Adriana Janaína Poeta)

He arrancado al dolor belleza
y al crepúsculo dorado he pintado de tarde.
Recorro solitario las bancas de esta ciudad
buscando en una plaza oculta la voz del poema.
(Arte Poética - Leo Zelada)

Eu tirei a beleza da dor,
e no crepúsculo dourado, eu pintei a tarde.
Percorro solitário os bancos desta cidade
buscando em uma praça oculta a voz do poema.
(Arte poética por Leo Zelada/ Tradução: Adriana Janaína Poeta)

Procuro a palavra precisa. 
A prosa apenas emite ruído.
A imagem é o que me atrai para o poema.
Minha estética é o mistério da água. 
Eu pratico uma poética mínima. 
A poesia é um ato sagrado. 
(Poética mínima/ Leo Zelada)

     Pero mi éxito no es personal, soy indio, me llamo en realidad Tupaj Amaru, vengo de un barrio pobre, abandonado por mis padres y criado por mi abuela, soy un error de estadistica, el mío es también el éxito de miles de jóvenes del tercer mundo que todos los putos días mientras trabajan duro, tienen a escondidas el sueño de convertirse en un poeta o escritor. A todos ellos les digo, si yo lo hice con dos cojones sin apoyo de nadie y contra todo el circuito oficial, pues ustedes también lo pueden conseguir. Lucha por lo que crees, que nadie te mate tus sueños.
(
Leo Zelada)

     Mas o meu sucesso não é pessoal, sou índio, sou na verdade Tupaj Amaru. Venho de um bairro pobre, abandonado pelos meus pais e criado pela minha avó. Eu sou um erro de estatística, o meu sucesso é também o de milhares de jovens do Terceiro Mundo, que todos os dias, enquanto trabalham duro, têm às escondidas o sonho de se tornar um poeta ou escritor. A todos eles, digo, se eu fiz isso com duas bolas sem apoio de ninguém e contra todo o circuito oficial, vocês também poderão fazer. Luta pelo que acredita, que ninguém mate os teus sonhos.
(Por 
Leo Zelada/ Tradução: Adriana Janaína Poeta)

Todos os direitos reservados ao autor.

O Autor:
Leo Zelada (Braulio Rubén Túpac Amaru Grajeda Fuentes), nasceu em 1970. Poeta, escritor e editor peruano, nascido em Lima.  Estudou Filosofia na Universidad Nacional Mayor de San Marcos.
Membro fundador do Grupo Neón.
A produtora audiovisual espanhola Amagifilms produziu um Curta-metragem: Leo Zelada, Underground poet em Madrid, onde atualmente


Obra:
Delirium Tremens (Lima, Perú, Rectoría de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos,1993)
Nueva cultura política (Perú/ 1999)
Diario de un Cyber-Punk (D.F. México, ediciones Moctezuma, 2001)
American Deth of life (Novela, Editorial Zignos, 2004).
Opúsculo de Nosferatu a punto de Amanecer (Lima, Perú, editorial Zignos, 2005)
La Senda del Dragón (Madrid, España, Lord Byron Ediciones, 2008)
Minimal Poética (Madrid, España, Vaso Roto Ediciones, 2010)
Transpoética (Vaso Roto Ediciones, 2016 )
Taller de Narrativa e Revista literária El Desvelo

Contato com o autor Leo Zelada:
@leozelada
Link para adquirir o livro Transpoética – Leo Zelada:

https://www.casadellibro.com/libro-transpoetica/9788416193509/3020804








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